Dica Cultural: 100 anos da animação brasileira

Apesar de só um jornal, o A Voz da Serra, de Nova Friburgo (RJ), ter lembrado, o cinema de animação brasileiro acaba de comemorar 100 anos (isso, no país em que até o tal de Deadpool é aplaudido e recebido com pratos e bumbos simplesmente por que tem muito dinheiro na parada…).

‘O marco da animação brasileira é o dia 22 de janeiro de 1917, data de lançamento do curta “O Kaiser” de Álvaro Marins (também conhecido como Seth), que é considerado como o primeiro filme de animação brasileiro.

Ele fez um filme curto brincando com o Imperador Guilherme II. Para mostrar seu poder sobre o mundo, o personagem tira o seu capacete e o coloca sobre o globo terrestre, mas este cresce, se revolta e termina por engolir o líder alemão. Esse pequeno filme não foi preservado, como muitos outros. Com o passar do tempo sobrou uma matéria de jornal na época do lançamento, a preservação através da memória oral e apenas um fotograma.’

Não sei se eu gosto do resultado, mas é bacana ver algumas pessoas tão amantes do fazer coletivo, no caso, claro, realizadores de cinema de animação, fazerem uma revisão do nosso primeiro filme.

Claro, o primeirão nos créditos é Marcelo Marão, o grande presidente, por mais de uma vez presidente da ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação).

Vamos a mais indicações de obras que você pode ver sobre a animação brasileira (além dos muitos já citados em edições anteriores da coluna), e se orgulhar

1 ) Um vídeo sobre o primeiro cineasta de animação brasileiro a ganhar alguma notoriedade: o cearense Luiz Sá

Aliás, até hoje eu devo um beijo na testa do Fortuna e da geração 1960/1970 da Nona Arte brasileira. Poucas capas de uma revista me deram tanto ânimo e sonho sobre nosso fazer coletivo como a da O Bicho que trazia a notícia da ‘recuperação’ do legado dele, feito pelo Fortuna e outros bichos.

Para não sair do padrão de edição de nosso textos, os 8 abaixo estão com os links reunidos em outra página

2) Ok! enfim,! vamos falar da Globo! a mui reconhecida abertura do programa Os Trapalhões, de 1976, vista décadas depois por quase todo mundo, permite sugerir que se indique este texto carinhoso sobre Mario Lantana.

3) O primeiro filme totalmente realizado em CGI (computação) do Brasil e de todo o mundo: obra coletivísisma, ‘Cassiopeia’.

4) Um personagem que – infelizmente – já já vai ter que voltar à ativa [vocês sabem melhor do que eu os motivos] :  Sujismundo, dessa alma linda, leve e soltadora que foi Ruy Perotti.

Boa sorte a Rosana Urbes, ao Alê Abreu, aos nossos maravilhosos encontros e festivais e a quem mais vier nos próximos 100 anos do cinema de animação do país que eu moro e que insiste em ser tropical.

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
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