DICA CULTURAL: 10 ANOS SEM LAGE

Postada em 2 de dezembro de 2016 as 09:16
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Este painel, com pequena variação (para melhor) será afixado no portão de entrada do Sindimed agora em dezembro para marcar 10 anos do falecimento de Helio Roberto Lage, o maior chargista que já nasceu na Bahia. Papai do Céu me facilita assim dizer por que o outro cara tão bom quanto ele, que desfila até hoje suas muitas artes, o Nildão, é nascido na querida e profícua Paraíba.

Para quem não conhece e para quem o conheceu, vai aqui um modo simples de demonstrar suas virtudes, nesta galeria virtual. Pegue o link e distribua, a gosto.  
Junto, vai uma biografiazinha de um cara muito bacana, Gutemberg Cruz, o qual conheço desde o tempo de A Coisa, esse magnífico suplemento que inundou as cucas baianas nos anos 1970 (vide capa abaixo). Gut, como o chamamos, consegue algo prodigioso em terra de tantos marketeiros: é 100% honesto num lugar que levaria outros a não sê-lo: Gutemberg é o jornalista mais tarimbado da União dos Prefeitos da Bahia.

Alguém (tá lá em baixo o nome do simpático de cujus) já disse que ir da Graça à Pituba é uma 'viagem', em plena 'palestra' no SINDIMED. Mas eu fui 1.500 metros além para colher um depoimento de alguém que meritoriamente pode falar de Lage como ninguém: Joaci Góes, conhecido por todos os baianos, e fundador da Tribuna. Aliás, em um debate de primoroso nível, no qual, infelizmente, não vi nenhum membro do dito 'movimento social'. Um registro, aqui.

Segue a transcrição do que Joaci disse sobre Lage:

'Lage era um gênio, como eu tive oportunidade de dizer por ocasião de seu sepultamento, um gênio no sentido pleno da charge no Brasil. Sempre eu o questionava por que – tendo tantas oportunidades em espaços para o desenvolvimento do seu talento tanto no exterior como no Sul do Brasil – ele respondia invariavelmente que o seu apego à terra baiana não lhe permitia daqui se afastar. Portanto, quando nós celebramos, 10 anos da sua partida, com muita tristeza, eu estou  seriamente inclinado a sugerir à [atual] direção da Tribuna da Bahia, a Walter Pinheiro, para criar um espaço de exposição permanente das charges desse artista primoroso que tanto enriqueceu o patrimônio intelectual da Bahia. 

Mais interatividade:

a) Pelo menos uma cópia do livro-biografia da Assembleia Legislativa da Bahia sobre Lage será cedido para leitura dos visitantes de nossa sede;

b) Uma HQ de Lage, de uma página, será distribuída por mim, em formato A4, no próximo sarau de nosso, ops, vosso sindicato. Ela tem um palavrãozinho bem baiano, colocado na medida certa: não se esqueçam de que Lage, como Carybé, que aqui chegou caricaturista, tomavam muitas bebidas populares da Bahia em meio à melhor companhia: o povo de Salvador, que então se parecia mais com a alegria do que hoje.

O palavrãozinho, numa HQ que fala sobre saúde, não é nada que um@ médic@ nunca tenha visto, e com certeza vai ser apreciado o senso de oportunidade causado pelo uso do mesmo (o tema é AIDS). Mas preferimos não por no mural da portaria devido ao fato de que o gosto pelo disse-que-me-disse fútil cresceu muito neste milênio (haja visto ataques insensatos e pueris de uma gente que parece não  ter o que fazer contra um desenho de Jaguar na capa de uma de nossas melhores revistas, o Le Monde brasileiro, no mês passado).

Mais baianidade em caricatura: 

Acima, depois de um esforço insano, e com apoio da Cristal, consegui, em Brasília e só em Brasília, uma imagem boa para realizar esta caricatura de Nita Costa, com minha equipe. A homenagem a esta grande médica baiana será ampliada para 1,82 metro e se somar a um projeto itinerante.


Por falar em médicos porretas, pro-vocados pela fala doce, culta e envolvente de Ronaldo Jacobina (o de cujus lá de cima) em nosso último sarau, vou falar sobre Gustavo Corção, pra semana. No dia 16, falo de um filme rodado em Salvador, que tem tudo a ver com a profissão médica, que acaba de sair em DVD. 


Até as próximas!

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
 
Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.



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