Todos os historiadores consideram o dia 27 de novembro de 1916 – data de registro de 'Pelo Telephone' – como o marco de fundação do samba. Em 1917, a música que foi registrada na Biblioteca Nacional foi o sucesso do Carnaval do Rio, dando vazão a inúmeras paródias.
A primeira sugestão da dica hoje é que vocês ouçam este marco da música brasileira, aqui.
Eu falei em 1916, certo? Para quem ainda é iludido pelo mito de Rui Barbosa, segue este vídeo que esclarece bem o que era o conservadorismo da época, (sempre puxado pelas rédeas dos poderosos, claro) e de um de seus 'melhores' senadores.
Situada a efeméride que vai ter algum relevo em meios de informação, vamos focar no baiano notável que não tem lembrança na terra dos Ruis: Xisto Bahia, que fez 175 anos de nascido em 6 de agosto, data que passou em brancas nuvens.
Xisto teve a ventura de nascer no ensolarado e inspirador bairro do Além do Carmo, na cidade de Salvador, em 1841.
Xisto Bahia foi o compositor da primeira música gravada no Brasil: o lundu "Isto é Bom". Mas, ainda antes disso, para desespero das pessoas com normose, ele se tornou cantor, compositor, violinista, violonista e dramaturgo.
Ele foi considerado por ninguém menos que Artur de Azevedo (à época) o "ator mais nacional que já tivemos".
Minha sugestão é que você procure ouvir com calma e deleite a música-marco dele, 'Isto É Bom', na interpretação de Juliana Ribeiro.
Não se esqueça de passar adiante, com orgulho da boa Bahia sempre soterrada pelos 'poderosos' de todas as épocas.
Por falar em poder, prefiro não comentar o estado lastimável do complexo que deveria ser cultural onde está o Espaço Xisto Bahia, nos Barris. Eu tive que pedir favores a quem não devia para conseguir uma imagem decente de Nita Costa médica e… ops, isso é assunto para a próxima semana.
Do site oficial deste espaço, pincei algumas outras composições para os mais interessados.
Ainda e sempre, modinha.
A mulata, lundu com Melo de Morais Filho.
Isto É Bom, lundu.
O camaleão, lundu.
O pescador, lundu com Artur de Azevedo.
Tirana, modinha
Yayá, você quer morrer?, lundu
Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.
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