Dica Cultural: 6 novos livros baianos (e mais…)

Postada em 10 de fevereiro de 2017 as 12:54
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Pois é, muita gente já viu o cinedocumentário ‘Axé: Canto do Povo de um Lugar’, do diretor Chico Kertész, mencionado o mês passado aqui na coluna. Eu ando, ainda bem mais atarantado que antes, pelo que agradeço ao confrade / morador da Barra, jornalista Jolivaldo Freitas, pela resenha, em tom bastante intimista, como convém, deste filme.

Eu devo a Jolivaldo e aos leitores de há muito, indicar um de seus vários livros, o ‘Histórias da Bahia: Jeito Bahiano’ (2011). Digamos que seja um livro menos ensaítistico, dado o rigor das pesquisas, cujo fruto está distribuído em 175 páginas e já ganhou algumas reedições. Podem procurar por ‘aí’, há vários motivos para ler (adquirindo ou não) o volume. Especialmente, eu espero conversar com o próprio Jolivaldo pelo fato do bem-humorado livro trazer – a sério – a origem de nomes de várias ruas de Salvador. Muitas delas, sabemos, homenageando médicos e temas afins…

Agora, aos novos livros de baianos

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Um livro recente [ 2016 ] que só ontem recebi, é ‘Hora do Café’, com cartuns de José Carlos Café Alves, o Café, em uma baita capa dura de fazer gosto. Sim, tem alguma baianidade, mas na grande maioria, temas universais com esta refinada e difícil arte: o cartum totalmente sem suporte de letras.
São trabalhos produzidos pelo meu colega-artista entre 1986 e 2012. Café é baianíssimo, de Santa Inês, mas viveu boa parte de sua juventude em Santo Antônio de Jesus, terra de Pedro Kilkerry (ops, que inconfidência da conversa meu encontro com Café, será que vai dar arte?…)

Recomendo a aquisição, da melhor maneira, ou seja, direto com o autor: Whatsapp: (71) 999110230
e e-mail: carloscafe60@gmail.com

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Eu estive na festa do grande paraibaiano Nildão, na semana passada, no horário bonitinho, como manda o figurino

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Todo mundo que é bem-apessoado, tem [que ter muito ] carinho pelo nosso artista, claro, mas eu devo registrar, a bem do serviço, que saí de lá às 10:35 sem direito a mostrar uma fotinha pra vocês e / ou meu autógrafo. Outra hora, explico a vocês aonde fui, bem a esta hora, em plena night do Rio Vermelho…
O livro tá lindo, e nele Nildão se esbalda em criar, como se fosse um poeta melhor (ou mais avançado) do que os paulistas concretistas, novos verbetes para a empobrecida língua pátria. Com o auxílio luxuoso de muita pesquisa e de muito acerto na hora de criar (sublime luxo), as fontes nas quais as novas palavras são… expressas e impressas. É terrível, nesta hora, eu ser tão mau fotógrafo, (perdõem).

Lembram quando eu falei, a poucas semanas, todos os caminhos levam aos Aflitos? Tsk, tsk, pobre Markão, um crédulo. Olhem o que estava publicado na página eletrônica da Assembleia Legislativa da Bahia, na véspera do evento (19/1/2017):

A Assembleia Legislativa convida para o lançamento de mais um livro: “Batatinha – Direito de Sambar. Cancioneiro – Songbook”, da Família Batatinha, amanhã, dia 20, a partir das 19h, no antigo bar Toalha da Saudade, Ladeira dos Aflitos, em Salvador. O livro revive, preserva e difunde o acervo fonográfico do sambista. Realizado pela Baluart Projetos Culturais, com patrocínio do programa Natura Musical, Fazcultura, em parceria com a família Batatinha e apoio cultural da Assembleia Legislativa da Bahia, o projeto teve início na pesquisa e catalogação dos fonogramas produzidos pelo artista ao longo de seus 72 anos de vida.

Lá fui eu, achando que ia ver gente de música, jornalistas, antigos frequentadores do ‘Toalha’… que nada! Nem um pé de gente… por dezenas de minutos, além de quem estava lá de ofício. Subi os Aflitos, claro, ainda mais triste  do que na ocasião em que nenhum deputado foi ao lançamento da biografia de Denise Tavares pela coleção Gente da Bahia (da própria ALBA) e resolvi ir embora. Claro, a total insegurança na Carlos Gomes de hoje, mesmo sendo cedo, me obrigou a gastar uma quantia não pretendida em táxi…

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Mas temos outras coisas, melhores, a relatar. A editora Caramurê [www.caramure.com.br], mais que vocacionada em cultura baiana, lançou recentemente livros. Aliás, um, na noite que passou…

Sobre o primeiro, ‘Escultura Contemporânea no Brasil’, fala o próprio Fernando Obrelaender, em depoimento por mim colhido no ousado espaço que a editora está pagando para manter num conhecido centro de compras da capital dos baianos (daí algum ruidinho externo).  Confira, neste link , o áudio com imagem da capa.

Sobre o livro lançado ontem, com apoio da Braskem (subleia-se  a querida de  todos os profissionais de imprensa da Bahia, Suely Temporal), casa cheia, lotada mesmo, para o lançamento do livro da Caramurê sobre Riachão, com a presença do mesmo, e ilustrações de Mike Sam Chagas, o simpático carinha da foto acima. Como podem prever (olhem o flyer) não deu tempo de ler nada do livro, mas já marquei com Sam para trocar umas ideias a favor da arte de/na rua, a partir da feliz arte de capa. Quiçá, dê certo…

Hoje, ufa! tem livro sobre… Cultura + Jornalismo + Bahia. A partir das 17 horas, no Museu de  Arte da Bahia (bem no meio do Corredor da Vitória)
O imenso carinho de nosso grande mestre do jornalismo baiano, Sergio Mattos, fala melhor do que eu da necessidade de folhear a obra que vem a lume, hoje, ‘Jornalismo Cultural em Transe’:

‘…com texto primoroso de cronista nato e espírito jornalístico aguçado, Albenísio Fonseca reúne em Jornalismo Cultural em Transe, uma coletânea de suas produções publicadas na imprensa baiana, ao longo dos últimos 35 anos, como fruto de uma atuação marcante, como repórter, editor e empresário na área de comunicação, pois foi, ainda, responsável pelo lançamento de publicações como o Jornal do Recôncavo, Jornal da Orla, Jornal da Península, A Era da Qualidade, Jornal do São João, Itapuã na Frente e a Revista do Carnaval – com que obteve o Prêmio Colunistas Brasil em 1992”.
Nos textos selecionados para o livro, conforme Sérgio Mattos, “Albenísio revela ângulos e perspectivas distintas do olhar comum, nos levando a transitar por suas memórias e sensibilidade jornalística. Ele nos conduz a admirar aspectos que foram objeto de seu olhar clínico e crítico. Com seu estilo de relatar, de se entranhar na realidade, de ir além da superficialidade jornalística, apresenta o âmago do que, e sobre o que, está escrevendo, descrevendo o corpo físico e o espírito cultural impregnado do cheiro e da cor do ambiente.

Eu vou estar lá. E vocês?

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
http://www.facebook.com/marko.ajdaric.79

Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.



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