Aproveitando que hoje, na Assembleia Legislativa da Bahia, o reitor da UNEB (nascido em Goiás), José Bites de Carvalho, recebe o título de cidadão baiano, aproveito para mostrar que a editora daquela universidade também produz livros possíveis de serem feitos presentes de Natal. Confira, no link, este belo trabalho para vários públicos sobre a cultura da cidade de Jacobina.
Continuo aproveitador: já que hoje, Jards Macalé e Jorge Mautner se apresentam na capital baiana, quero indicar como presente de Natal 'Fragmentos de Sabonete', de Jorge, o livro que mais vezes dei a gurias em minha juventude (ah, como tinha meninas sensíveis naquele tempo…). Além de meu testemunho, quem faz um rápido e feliz comentário sobre a obra é Jorge Ben Jor (já sobre a atual versão do livro, pela editora Relume-Dumará): confira.
Chegando nas crianças
Com o selo de 'altamente recomendável' pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infanto e Juvenil, sobre a qual os meus colegas criadores têm sim, ascendência e poder), indico o livro 'O Sinal do Pajé', do maior escritor indígena do Brasil. Pela ordem dos motivos: as boas ilustrações de Taisa Borges (cujo mais recente livro, 'A Pescaria do Curumim', mostra que ela tem gosto pela vereda), o fato da publisher da editora Peirópolis ser baiana (de Seabra, terra de ótimo café) e dele ter aparecido 'do nada', ontem, em Salvador, como podem ver na minha foto com ele, acima.
Na Feira do Livro da UFBA de ontem foram lançados 18 livros. Eu tive a chance de colher um depoimento-convite (em áudio) da autora, Alda Fátima de Souza, atualmente professora da UESB, em Jequié, sobre seu livro que recupera a figura do palhaço Cadillac.
Confira a transcrição do convite intimista:
'O palhaço Cadillac foi uma pessoa que – a meu ver, ao meu olhar – foi um tanto quanto revolucionário para o circo do Nordeste, por que quando ninguém [ainda] registrava ele estava lá registrando os pequenos circos, então acho que esse já é um bom motivo, pra gente entender esses pequenos circos dos anos 50 e 60, da Bahia, do Nordeste. Ele era fotógrafo lambe-lambe e é a partir da fotografia que ele se apaixona pelos circos que estavam andando pelo interior de Sergipe, depois Pernambuco, e depois Bahia. E ele se apaixona pelo circo. Apaixona-se de tal maneira que vira palhaço, vira o Palhaço Cadillac. E ele cria toda uma geração de artistas circenses que estão aí até hoje. Então, é uma memória do circo através desse fotógrafo lambe-lambe.’
Para adquirir diretamente: www.edufba.ufba.br
'O Cão Pintor', da ilustradora e escritora croata Dubravka Kolanovic (que de vez em quando conversa online comigo em nosso idioma contando coisas incríveis de – por exemplo – seus passeios em lombo de elefante africano), está programado para nossa mostra na porta de vidro do Sindimed. Gosto muito de como ela rapidamente constrói uma fábula inesquecível sobre o que seja ARTE. Pena que na edição brasileira, o letreiramento deixa muito a desejar. Mas, ainda assim, vai encantar a família toda.
Meu presente 'preu' mesmo
Vou manter na embalagem de plástico este livro sobre Lulu Parola, o glosador da Bahia com suas crônicas publicadas no Jornal de Notícias entre 1891 e 1916, até a noite de 24 de dezembro, e me brindar. Mas não se preocupem: a Caramurê, editora do mesmo, que saiu anteontem (fui o segundo comprador) está merecendo uma pauta especial nossa. Quiçá, será a primeira de 2017…
Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.
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