Dica cultural: nos mundos da gravura

Postada em 3 de março de 2017 as 09:10
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Preliminarmente, já que falo de artes plásticas, hoje cabe registrar que vi e não gostei de instalações a partir das obras de Maria Adair (no Rio Vermelho) e de Eliana Kértesz (em Ondina) no circuito do Carnaval. Não sei como foram as tratativas, não seria justo me alongar m comentários. Apenas registro que se perdeu a chance de ficar melhor as obras de ambas nas mentes de milhares de pessoas. Não vi as instalações de Tatti Moreno e nem de Bel Borba, tá bem?

Mas espero que as Gordinhas de Eliana Kértesz continuem amigas das atividades do Sindimed, logo ali, tão perto da sede do sindicato de vocês.

Ainda mais centralmente, falo hoje sobre gravura.

No Sindimed

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Este mês, vou ter a boa e difícil tarefa de por no mural em frente à sede do Sindimed – BA artistas representados na maravilhosa exposição de mestres da gravura de todos os tempos que teve sua etapa baiana no MAB (Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória), em 2014. Vejam, não são reproduções do belo catálogo, que recomendo a todos, todas e a quem ainda não nasceu adquirir, até pelo baixo preço, seja aonde for.  (confira a capa, acima). Vou escolher 8 dos representados ali e escolher outras reproduções que tenham qualidade para a montagem.

Entre eles: Manuel da Silva Godinho (Portugal), Andrea Mantegna (Itália), segudo do meu predileto na exposição, Piranesi (também italiano), um auto-retrato de Rembrandt (Países Baixos),  Goya (nascido em Zaragoza, cidade do atual diretor do Instituo Cervantes na Bahia) e simmm, o poderoso William Hogarth (Inglaterra)! Quem vier, verá.

Vamos tentar divulgar junto ao alunado da escola de Belas Artes da UFBA, que, lembramos, faz 140 anos de criada em 2017.

Na agenda

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Bom saber que 2 expoentes da arte no Brasil, comprometidos com os destinos da nação,  estão sendo objetos de exposições, recentemente / ou atualmente

a) A obra do grande mestre gravurista pernambucano Gilvan Samico, morto em 2013, integra uma exposição em Nova York com 14 xilogravuras; a exposição ficará aberta até depois de amanhã. Dentro do espírito de nossa DICA, acho que é uma excelente chance para quem conhece ou não conhece os passos desse gigante da arte brasileira ver este documentário, no YouTube.
Mande para seus colegas que leem inglês, também, em outros países.

b) Na biblioteca mais fornida do Brasil (com o devido respeito à maior), temos obras de Livio Abramo, grande amigo do meu mestre maior, Mario Pedrosa, que falam da cultura afro! isso mesmo, a mostra se chama macumba, vai até dia 12 na querida Biblioteca Mario de Andrade, em Sampa. Para acompanhar esta e outras atividades sobre o mestre, acompanhe no Facebook, aqui.

Bahia

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Na Bahia adentro, claro, o nome maior é Hansen Bahia, cujo centenário se deu a pouco tempo, originando uma excelente matéria da revista Muito (do jornal A Tarde), que vou ‘xerocar’ (olha que feio!) e doar para a leitura de meus colegas e dos visitantes do primeiro andar da sede do Sindimed.
Não vou me alongar agora sobre ele, pois ele merece muito mais quando eu voltar lá, ao seu maravilhoso espaço em Cachoeira (vão saboreando a ideia de nossa visita, aqui).

Gravura e quadrinhos

Rápido, rasteiro e confiante: o cara, no Brasil, é o caxiense Samuel Casal, que esteve há coisa de 3 anos em Salvador. Show de bola, sensibilidade e inteligência a(s) oficina(s) dele. E ele não é nérdi nada: sua obra mais mal entendida,, ‘Prontuário 666’, é um maravilhoso libelo sobre um tema muito mais atual, hoje: prisioneiros que se comportam como ratos versus prisioneiros que se comportam como pombos.

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Para ler quadrinhos com base em técnicas de gravura de um artista da melhor linha autoral da Europa, o cara é o italiano Sergio Toppi. Sem favor nem desmerecimento nenhum a ninguém. Resenha de uma obra dele a pouco publicada no Brasil, aqui.
Turismo pelo Brasil

Ao ir à Terra das Araucárias por congresso, amor ou lazer, marque em sua agenda o Museu da Gravura Cidade de Curitiba.  Tão bacana que até impulsiona um prêmio nacional com mais de 1.000 obras enviadas na última edição, fechada em dezembro!

No teatro e no jornalismo

O 8 de Março, deveriam todos os sindicalistas saber, mas não sabem, foi criado por uma líder do movimento alemão dos trabalhadores, Clara Zetkin. Portanto, é data de peleia, ok ? Nesse sentido aproveito a brechinha para indicar uma gigante do jornalismo cultural do Brasil, a aguerrida Carlota Cafiero, atualmente morando em Santos. Neste texto, ela – que escreveu um brilhante livro sobre o grupo de teatro Lume, um marco do teatro experimental brasileiro –  nos mostra como esgrimir bem informações sobre teatro e gravura.

Há outras colegas que brindo hoje, por manter a garra de ser agentes de cultura e não correia de transmissão: Verena Glass, Martha Imenes, Beatriz Bissio, Natalia Viana, Tânia Alves (sim habemus uma ombudswoman, no Brasil!), Valeria Nader, além de outras que já citei na coluna. Ora direis, desconhecidas. Ora, eu digo: pior para quem só conhece as conhecidas.

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
http://www.facebook.com/marko.ajdaric.79

Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.



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