Dica Cultural: Vamos falar dos médicos Luiz Umberto e Caetano Moura?

Postada em 22 de fevereiro de 2017 as 09:44
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A melhor resposta que se dá a um ato de agressão é mostrar um ato de grandeza. Ontem eu tive a minha triste estreia no papel de ser agredido por um soco policial. Puxa, se fosse ao tempo em que era por ideias… mas foi por que eu bradei aonde estava o meliante que fugia…

Além de outras ações em reposta ao fato, no campo da inteligência e da cultura, não vou cansar aos meus queridos leitores com desprezo ou ódio. Escolho dizer que – por alguma iluminação momentânea – na quinta da semana passada na sala de imprensa do Sindimed,  ‘do nada’, me veio a pergunta ao nosso diretor, Gil Freire:

-Gil, aonde anda Luiz Umberto? (1)

A minha ‘iluminação’ conseguiu algo raro: a saudade que deu entristeceu o rosto de nosso amigo e diretor. Claro, a contraposição é óbvia e não pretendo me estender sobre ela.

O presente de Luiz Umberto mostra que ele está até melhor do que aquele que a Bahia e o Brasil conheceram, inundando de cultura a sua Tremedal natal, como podem ver neste link.

Não sei se digo, obrigado por mostrar esse caráter, Luiz, ou se mando um zapi zapi ao governador atual dizendo:

-Naquela mesa, tá faltando ELE!

Ah, sim, tá em tempo de celebrar o aniversário de Luiz, sim, foi 22 do 1.

Quem faria 90 anos de nascido em breves meses é Claudio Veiga, presidente por um longo e exemplar termo da Academia de Letras de todos os baianos que vão à sua sede em Nazaré. Entre outras vezes em que o citei, temos esta coluna de 31 de jan de 2017.

Pois bem, nosso grande difusor de valores que ele apreciava na cultura francesa também era defensor de um ideário político que se convenciona chamar de conservador. Com o grande detalhe de que ele defendia estas ideias em muitos e muitos ambientes públicos. O que temos de novo para homenageá-lo? Exibir uma caricatura dele em grande formato (1,90 metro) num ambiente próprio ao seu legado e depois itinerá-la e, também, tentar vencer algo que na Bahia do tempo dele era mais fácil: a má vontade do poder público (também) para com a cultura.

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Como nos ensinou o mestre Claudio Veiga em seu livro ‘Um Brasileiro Soldado de Napoleão’, a respeito do médico Caetano Moura (um outro texto seu menor, mas igualmente saboroso se encontra aqui) não há registros do ROSTO de Caetano Moura, a despeito de ter sido, a seu tempo ‘um dos mais notáveis prosadores do Brasil’. Muito nobre o grade esforço de Claudio Veiga em nos ilustrar tanto de um médico filho de escravos, nascido no interior da Bahia, em 1779, que se envolveu, em Salvador, com a ‘Conspiração dos Búzios’ e tinha lá um modo peculiar de soltar seus cabelos.

Oxalá (olhem que palavra árabe com sotaque baiano) eu tenha forças, neste início de ano, para obter auxílio e colocar num círculo de 90 centímetros de diâmetro o ‘meu’ rosto de Caetano Moura, naquele corredor que poderia ter sido a via pública de conexão entre os vanguardistas estudantes da UFBa e o povo pobre da Federação (sim, Caetano Moura é o nome da rua que passa pelo DCE). Mas nunca foi: os estudante sempre gostaram mais do Campo Grande, e Jung explicaria bem por que…

Além dos livros já subliminarmente sugeridos acima, sugiro também, de Claudio Veiga, ‘Sete Tons de uma Poesia Maior’, sobre o grande Arthur de Salles, príncipe dos poetas baianos, patrono das academias de Letras de Ilhéus e de Santo Amaro da Purificação.

No mais, saudades de ouvir Pepeu Gomes na avenida, sem corda nem camarote. Não me procurem no Carnaval, salvo para mostrar a algumas pessoas o painel externo do Sindimed sobre o cartunista cirurgião Ronaldo Cunha Dias.

(para os não baianos, o biografema segue aqui.)

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
http://www.facebook.com/marko.ajdaric.79

Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.



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