Líderes sindicais e governo discutem nova configuração do Planserv

Postada em 30 de agosto de 2017 as 16:20
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Foi confirmada a contratação de uma empresa para a gestão partilhada do plano, ação que deve ter início já na próxima semana. Além disso, a coordenadora geral do Planserv, Cristina Cardoso, prestou diversos esclarecimentos que vem sendo solicitados pelos usuários.

Mais de 505 mil beneficiários – 112 desses com mais de cem anos –, média mensal de 120 milhões em investimento, presença em todos os municípios baianos. Estes foram  alguns dados do Planserv apresentados na manhã desta quarta-feira (30) em reunião na Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb). O encontro foi um pleito de diversas entidades sindicais e teve como foco discutir a nova configuração do Planserv.

As recentes mudanças anunciadas, principalmente a possível contratação de uma empresa para a gestão partilhada do plano, vêm preocupando líderes sindicais e usuários sobre uma possível privatização. Diante desse cenário de incertezas, o superintendente de Recursos Humanos da Saeb, Adriano Tambone, afirmou que a ideia desse encontro foi fazer um bate-papo para esclarecer dúvidas e tranquilizar usuários em relação às mudanças em curso.  

Sendo um plano velado de privatização ou não, o fato é que o governo tem enfrentado contundentes críticas à nova configuração. Para sanar dúvidas e explicar as mudanças, Cristina Cardoso, coordenadora geral do Planserv, esteve no encontro e, entre outras afirmações, garantiu que o plano não será privatizado.  Por outro lado, deixou claro que o projeto de modernização do plano segue seu curso, tendo em vista que a licitação da empresa, que irá partilhar a gestão do sistema, já aconteceu na segunda-feira.  

De acordo com a gestora, essa contratação está sendo analisada há mais de um ano e será feita, mas todas as decisões importantes e a administração geral do Planserv continuarão nas mãos do governo. Salientou que a empresa contratada, além do foco na prevenção e promoção da saúde, vem com o objetivo de modernizar o sistema operacional, tendo em vista que o plano opera com um sistema obsoleto, que impossibilita operações básicas.

Questionada sobre a restrição ao atendimento, alegada por diversos usuários, a coordenadora afirmou que o que houve foi um descompasso no teto de gastos anual que ficou por três meses acima da média prevista. Deu como exemplo o mês de março que tinha gasto esperado em torno de 122 milhões, mas atingiu os 143 milhões.

 “É uma questão de responsabilidade com o recurso, nós vimos prestador que tinha uma média de 12 milhões de faturamento saltar para 18 milhões. Diante disso, tivemos que apertar o cinto, criando um teto para prestadores, baseado nas suas médias históricas. Chamamos prestadores, estamos fazendo auditoria, apurando, a fim de entender o que está acontecendo”, explicou a gestora.  

O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães e o diretor de finanças do Sindimed, Deoclides Cardoso, ressaltaram a importância do Planserv para os servidores. O presidente se colocou à disposição da coordenadora para que, em parceria com o Sindimed, possam encontrar soluções. Sobretudo, no que concerne à contratação de pequenos prestadores, tendo em vista que atualmente o Planserv está com mais de 150 processos de descredenciamento por descumprimento contratual, mas ao mesmo tempo tem mais de mil pedidos de novos prestadores querendo se credenciar ao plano.

Lideres sindicais cobram concurso público  e demonstrativo de gastos do Planserv 

Embora as explicações da coordenadora tenham sanado algumas dúvidas, os líderes sindicais foram categóricos ao demonstrar descontentamento com a falta de interesse do governo em fazer concurso público. Fato que poderia vir a suprir a necessidade de licitação de uma empresa para compartilhar a gestão do Planserv. O presidente do Sindsaúde, Sílvio Roberto e sua vice,Tereza Cristina, cobraram uma planilha com os gastos do Planserv citados na reunião, com o intuito de torná-los públicos. 

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Além do Sindimed, estiveram presentes na reunião representantes da Fetrab e Sindsaúde.

 

 



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