Médica de Cruz das Almas é agredida fisicamente enquanto trabalhava

Postada em 31 de julho de 2017 as 13:02
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Uma médica foi agredida fisicamente na noite do último sábado (29) enquanto trabalhava na UPA de Cruz das Almas. De acordo com a profissional a acompanhante de uma paciente invadiu as dependências da unidade e exigiu que o atendimento fosse feito de imediato, desrespeitando a triagem que tinha classificado o caso como menos grave. A médica foi puxada pelo jaleco, após ouvir uma série de insultos, e o porteiro teve a mão machucada.

A profissional registrou a queixa de agressão na delegacia da cidade e entrou em contato com o Sindimed para receber o apoio necessário. Segundo o presidente do Sindicato, Francisco Magalhães, o Sindicato dará o suporte jurídico, e encaminhará a denúncia ao Cremeb, Prefeitura e secretaria de Saúde da cidade, e aos ministérios públicos do Estado e do Trabalho.

Condições precárias põem em risco médicos e pacientes

A falta de segurança na UPA de Cruz das Almas já é uma queixa antiga dos funcionários e médicos que lá trabalham. A médica agredida fisicamente, inclusive, já tinha pedido afastamento da unidade por não querer mais se submeter a agressões verbais partidas de pacientes e acompanhantes que, segundo ela, são diárias.

Além da insegurança, a superlotação e a equipe reduzida de profissionais também são fatores que contribuem para o clima tenso vivido na unidade. No momento da agressão, a procura pelo atendimento, que geralmente vai além do limite, chegando a 200 por dia, estava ainda maior por ser o dia do aniversário da cidade. Porém, segundo a médica, tinham apenas dois médicos clínicos trabalhando, como acontece todos os dias, por se tratar de uma “UPA Tipo 1”.

A UPA de Cruz das Almas atualmente atende além dos 75 mil habitantes da cidade, os moradores das cidades vizinhas e estudantes de fora que cursam faculdade na região, totalizando em quase 100 mil pessoas.



5 respostas para “Médica de Cruz das Almas é agredida fisicamente enquanto trabalhava”

  1. Santos disse:

    Isso não é de agora esse, vem a muitos anos porém tem que colocar um Pm de prontidão, e aqueles agressor(a) tem que ser punido, estamos pra salvar vidas e não pra apanhar de ng.

  2. DEOCLIDES CARIDOSO OLIVEIRA JÚNIOR disse:

    Até quando seremos culpados pela falta de boas condições de atendimento? Não fosse a intervenção do Sindimed através de programas de rádio e TV, esclarecendo a população que a culpa pela falta de condições no atendimento não é do médico e demais profissionais da saúde, a situação seria bem pior.

  3. Dr Yunio Marin Ramos disse:

    Sou médico e quase fui agredido o paciente fez xingamentos só porque fui defender a minha enfermeira que o benzetacil entupiu a agulha e tinha que dar então duas furadas na paciente acho um absurdo a falta de educação da população nós como profissionais temos o direito de ser respeitados e não agredidos acho que se devem tomar medidas de imediato para esses fatos não continuarem acontecendo !!!

  4. Carlos José Cordeiro disse:

    Eu nao acho um absurdo a falta de educação não. Seria um abaurdo se encontrássemos pessoas educadas num país e especialmente numa região fo país que praticamente não tem in estimentos em educação. É esse tipo de gente que vota nesse pessoal que estava ai sem saber porque. Infelizmente é esse mesmo pessoal que vai para uma UPA sem muito o que se queixar e quer sair com atestado médico para não precisar trabalhar.

  5. Jackson Silva disse:

    Essa situação não é de hoje. Trabalhei em várias UPAS. Na UPA de Escada em Salvador fui agredido verbalmente várias vezes e muitas tive de chamar os policiais. Na UPA Nova Aliança em Camaçari, recemente, tive de me proteger dos acompanhantes agressivos. Todos acham que o culpado da falta de recursos são os médicos. Em Camaçari as unidades de saude não disponubilizam telefone para ad regulações serem feitas. O proprio medico tem de pegar seu celular pessoal e ligar para o HGC ou outra unidade. Um caos total!!!

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