Médicos do HEC dizem em comunicado: ‘A paralisação é real. O atraso é real. Exigimos respeito!’

Postada em 3 de fevereiro de 2017 as 18:53
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Comunicado à sociedade baiana

Corpo clínico do HEC
Ao povo do estado da Bahia, notadamente aos que utilizam o serviço do HEC- Hospital Estadual da Criança de Feira de Santana.

Nós, do Corpo Clínico do HEC, representados por um pequeno grupo de 135 médicos reiteramos o movimento de restrição do antedimento no Hospital Estadual da Criança por conta do atraso do pagamento do mês de dezembro de 2016 e da falta de segurança e tranquilidade para exercermos dignamente a nossa profissão, por mesmo sendo hospital público, não ter o HEC um contrato perene com a atual gestora nem nenhum tipo de contrato com os médicos.
Informamos que, quando da paralisação de julho de 2016, foi pactuado entre a Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), LABCMI (atual administradora) e o Corpo Clínico do HEC um cronograma com datas pré-estabelecidas e, mês a mês, o acordo vem sendo descumprido, indo além das datas acordadas. No atual mês, por não ter sido depositado o pagamento até o dia 29 (data além do limite acordado), enviamos uma comunicação à Sesab e à LABCMI informando o não recebimento e a possibilidade de paralisação 72h após.

Não realizaram o depósito, não conversaram, responderam ou negociaram.
No momento de restrição, o Corpo Clínico do HEC procurou ao máximo preservar os cuidados e atendimento à população, mantendo pacientes graves com pleno atendimento e os passíveis de atendimento sendo encaminhados a outras unidades do sistema. No atendimento ambulatorial mantivemos o atendimento de pós-operatorios imediatos ou pacientes que estão em procedimentos em curso, demonstrando ser este movimento em defesa de condições dignas para o atendimento dos nossos pacientes e da sanidade profissional para atender bem à população.
Entendemos ser totalmente justo o profissional receber em dia pelo serviço prestado dentro do pactuado com os empregadores.
Já sofremos dois calotes em outras gestões, em 2012 e 2015, estando em cobrança judicial sem previsão de recebimento até o momento. Hoje a LABCMI administra sem contrato e com licitação ainda por ocorrer. Quem nos garante o pagamento do trabalhador?
Somos profissionais que honramos nossa profissão, lutamos pela dignidade do atendimento no HEC, respeitamos nossos pacientes.

Somos também pais e mães de família com compromissos a honrar.
Repudiamos veementemente o tom das notas da Sesab e da LABCMI, que querem nos colocar como algozes dá população. Querem justificar o atraso do pagamento por uma crise nacional da qual não fomos os responsáveis. Falam de arbitrariedade quando unilateralmente não nos garantem pagamentos em dia.
A paralisação é real. O atraso é real. Exigimos respeito.

 

hec

Corpo Clínico do HEC,
Sindmed-Ba.



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