O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, participou, nesta segunda-feira (06), de reunião dos médicos do Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana. O encontro teve o objetivo principal de definir as diretrizes da paralisação da unidade, que ocorria desde o dia 02 de fevereiro. De acordo com os médicos, a Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (LABCMI), gestora do hospital há mais de um ano, tem atrasado os pagamentos dos profissionais. Após deliberação, todos concordaram com o retorno as atividades a partir de hoje (07), mas aguardam os ajustes no contrato de trabalho até o dia 24 de fevereiro.
A paralisação, em parte, se deve ao atraso no pagamento dos salários do mês de dezembro e alguns de novembro que ainda não foram pagos. Conforme afirmado em nota, a indignação dos médicos também tem a ver com o acordo firmado na paralisação de julho de 2016, na qual a Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), LABCMI (atual administradora) e o Corpo Clínico do HEC fixaria um cronograma com datas pré-estabelecidas para pagamento, mas o acordo vem sendo descumprido de forma recorrente.
Outra insatisfação dos médicos reside no contrato de trabalho confeccionado pela Liga que está em desacordo com a expectativa dos profissionais. Na ocasião os pontos críticos do contrato foram discutidos e serão avaliados pela assessoria jurídica dos médicos que na ocasião afirmaram que só aceitarão a proposta em conjunto. O sindimed e o Cremeb estão à frente das negociações e exigem celeridade no processo. Os médicos atualmente estão recebendo por verba indenizatória.
Médicos relatam problemas UPA de Feira de Santana
De passagem pela cidade, o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, fez também uma visita aos médicos da UPA de Feira de Santana. Na ocasião, o presidente ouviu relatos de atrasos salariais na unidade que ainda não tem um ano de inaugurada. Além disso, os profissionais relataram que, pela proximidade com o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), estão recebendo diversos casos que não são da competência da unidade. Os médicos afirmaram que muitas vezes os pacientes estão sendo barrados na portaria do Clériston, ou seja, nem estão passando pela triagem e já são encaminhados à UPA.
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