Essa foi a demanda apontada pela assembleia dos médicos de Salvador, realizada na última sexta feira (28). A readequação do PCCV visa corrigir distorções e adequar o valor dos salários à realidade do trabalho médico, garantindo assim a dignidade profissional.
Em paralelo, serão combatidos os abusos na cobrança da jornada de trabalho e os recorrentes casos de assédio moral praticados pelos prepostos da Prefeitura.
Outro caminho apontado foi o ajuizamento de ações cobrando a isonomia com outros profissionais que, nas mesmas condições de trabalho, tem remuneração maior.
Ficou definido ainda que a Prefeitura será questionada na Justiça e no MPT, caso insista em propostas abusivas, beirando o surreal, como cobrar reposição dos dias de feriado e de ponto facultativo, entre outras. Para isto é necessário o posicionamento oficial da Prefeitura sobre a regulamentação da Instrução Normativa da jornada de trabalho, que deveria ter sido entregue na última semana, na reunião da mesa de negociação.
Os médicos reafirmaram a necessidade de respeito ao ato médico, aos profissionais e aos pacientes, denunciando que no afã de aumentar as estatísticas de atendimento e camuflar o baixo investimento na saúde básica, os gestores tem imposto o trabalho em excesso, cobrando um número de atendimentos por turno maior do que recomenda a norma das boas práticas da medicina. Nesse sentido, foi reiterada a necessidade de implantar as comissões de ética nas unidades, outra promessa não cumprida pelo secretário de Saúde.
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