A falência da rede materno-infantil da Bahia se evidencia mais uma vez. Nesta quarta (23), dois gêmeos prematuros provenientes de Capim Grosso foram recusados, por falta de vagas, no Hospital da Criança, em Feira de Santana.
Daquela cidade a 110 km da capital, os familiares dos bebês (nascidos às 2h da madrugada), foram orientados a voltar a Salvador, onde se iniciou uma via crucis em busca de atendimento pelas maternidades do Hospital Roberto Santos, Climério de Oliveira e Tsylla Balbino. A resposta era sempre a mesma, “não tem vaga”, seguida de orientação de procurar outro lugar.
Enfim, o drama terminou na Maternidade de Referência do Pau Miúdo, onde as crianças foram avaliadas e, constada a gravidade, foram internadas mais de 6 horas após o nascimento. Para o vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo, que presenciou o fato, trata-se de uma realidade vivenciada frequentemente por quem procura a rede materno-infantil do Estado da Bahia.
“Há alguns anos, nós estamos chamando atenção para o problema, seja através de denúncias ao Ministério Público, de campanhas em parceria com a Sogiba ou de posicionamentos no Conselho Estadual de Saúde, sem que se tenha chegado a uma solução. Mas não desistiremos, continuaremos na nossa luta por uma saúde digna para profissionais e população”, finalizou o sindicalista.
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