Sindimed negocia com prefeitura pagamento de atrasados da UPA de Itinga

A prefeitura de Lauro de Freitas sinaliza o pagamento de salários atrasados, ainda de 2016, aos médicos da UPA de Itinga. Para isso, o Executivo municipal poderá utilizar recurso devido ao antigo gestor da unidade, o Instituto Médico Cardiológico da Bahia (IMCBA), afastado da gestão da UPA em função de investigações da Polícia Federal.

Erasmo Moura (C), Francisco Magalhães (E) e à direita o Dr. Everton Mendes e o  assessor jurídico, Ricardo Freitas

Tudo depende do resultado de uma audiência na 2ª Vara do Trabalho, marcada para 10 de abril, da qual participarão Sindimed e gestores do município. O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, esteve nesta quarta-feira (22) com o secretário de Saúde de Lauro de Freitas, Erasmo Moura, que sinalizou positivamente para o pagamento, embora ainda não tenha respondido categoricamente à questão.

ENTENDA O CASO

Em meados do ano passado, durante a chamada Operação Copérnico, que investiga fraudes e outros crimes contra a Saúde, os médicos ainda não tinham recebido janeiro nem parte de fevereiro. Agora, mais de um ano depois, estes salários poderão finalmente ser pagos pelo Município, que assumiu o serviço com a saída da empresa investigada.

Os salários deveriam ter sido pagos pela terceirizada, cujo dono chegou a ser detido na época da operação, pela PF. Diante do calote praticado contra cerca de 40 médicos, o Sindimed ajuizou uma ação civil pública (ACP) contra a terceirizada, que nem sequer respondeu à citação da Justiça. Inconformados, os médicos procuraram seu sindicato, que alinhavou uma saída para o problema e, para isso, conta com o bom senso dos gestores do município.

Magalhães espera que prevaleça o interesse em pagar àqueles que trabalharam e, pela lei, devem ser devidamente remunerados, independentemente de problemas alheios à sua responsabilidade. Ele lembra aos médicos que o Departamento Jurídico do Sindimed e a própria diretoria da entidade estão à disposição para qualquer esclarecimento sobre a ação (ACP) movida contra o IMCBA, que continua em tramitação na Justiça, bem como sobre os entendimentos mantidos com a prefeitura de Lauro de Freitas.