O Sindimed considera desrespeitosa a iniciativa do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que pretende reduzir de quatro para dois, o número mínimo de médicos nas UPAs do país. “Na realidade, o ministro está querendo ‘precarizar’ o que já está precário, estabelecendo redução de custos, trazendo risco de vida à população”, protesta o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães.
Essa prática já vinha sendo adotada nas UPAs vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e agora, com aval do ministro da saúde, ficaria mais fácil colocar em prática essa medida. Mas, o sindicato tem acompanhado a luta dos colegas nas diversas UPAs no estado da Bahia, bem como o sofrimento ao qual os médicos e os outros trabalhadores têm sido submetidos e não permitirá mais essa arbitrariedade.
Os problemas ocorrem não só pela quantidade de pacientes que ali são atendidos, assim como pelas instalações precárias, a falta de insumos e equipamentos danificados. Os profissionais ainda têm de conviver com o famigerado calote, como é o caso dos médicos das UPAs de San Martin, São Cristovão e Adroaldo Albergaria, em Periperi, todas com a primeira quinzena de agosto ainda não paga pela Prefeitura Municipal de Salvador.
É lamentável que justamente nesse período de fim de ano, de incremento de festas e perspectivas de epidemias – Dengue, Zika e Chikungunya –, o Ministério da Saúde assuma essa atitude contrária às regras básicas de Saúde Pública, em total desrespeito à população.
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