A Procuradoria do Trabalho de Itabuna deu à Santa Casa de Misericórdia daquele município o prazo até sexta-feira (31) para comprovar pagamento aos médicos que participaram de um mutirão de cirurgias realizado em novembro e dezembro do ano passado. As cirurgias foram feitas na Maternidade Ester Gomes, que é terceirizada.
Após participar de uma audiência sobre o assunto, o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, lamentou que passados três meses do final do mutirão de cirurgias o governo do estado informe que repassou os recursos, a Santa Casa alegue ter pago, mas os médicos continuem a se queixar de que não receberam.
A advogada da Santa Casa informou na audiência que esta instituição não tem informações nem, muito menos, ingerência sobre os procedimentos da Maternidade Ester Gomes. Em seu despacho, o procurador do Trabalho, Ilan Fonseca de Souza, determina ainda que a maternidade seja notificada para apresentar, também até a próxima sexta-feira, documentos que comprovem a quitação dos serviços.
Na Maternidade Ester Gomes, o antigo gerente, de prenome Almir, foi substituído por Sérgio Gomes (filho do prefeito Fernando Gomes), a quem caberia pagar pelas cirurgias ao assumir a função, em janeiro. Segundo um médico denunciante, o valor estabelecido para uma cirurgia de hérnia no mutirão foi de R$ 250 enquanto para a histerectomia, R$ 450.
O procurador do Trabalho também determinou que a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) apresente defesa e documentos que comprovem o repasse de recursos para a quitação do mutirão realizado ano passado. Pelo menos 255 cirurgias (histerectomia e de hérnia) foram feitas no mutirão, como apontam cópias do livro de registro do centro cirúrgico enviadas ao Sindimed.
LEIA aqui-2 A ATA DA AUDIÊNCIA
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