Após uma paralisação de advertência de 24 horas nesta segunda-feira na Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto representantes dos médicos deverão participar de uma reunião com o governo do estado nesta quarta-feira (dia 19) às 15h. O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, lamenta que só após a atitude extrema de restringir o atendimento é que a Sesab se disponha a tratar do grave assunto dos atrasos salariais recorrentes e da necessidade de regularizar o vínculo de trabalho, pela CLT.
A exemplo de profissionais de inúmeras outras unidades de saúde públicas com administração transferida à iniciativa privada, os médicos da maternidade José Maria de Magalhães Netto (no bairro Pau Miúdo) estão sendo desrespeitados em seus direitos pelo governo estadual e administradoras terceirizadas por ele colocadas à frente de hospitais e postos. Magalhães lamenta também que venha se tornando comum os médicos lançarem mão de protestos para terem seus direitos básicos atendidos, como receber salário dentro do prazo máximo estabelecido por lei e dispor de condições mínimas de funcionamento.
Com a saída da Santa Casa de Misericórdia da administração da maternidade, entrou o Instituto Hygia, uma organização social cuja gestão também vem deixando a desejar. Os médicos solicitam uma audiência em caráter de urgência com a presença de representantes da Hygia, Ministério Público Estadual e Sesab a fim de discutir a pauta de reivindicações. Além da regularização dos pagamentos e do vínculo trabalhista, a categoria pede isonomia salarial com as demais maternidades públicas, tendo como referência os valores praticados pelo INTS (Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública).
É preciso lembrar que essas terceirizações constituem uma porta aberta à corrupção… precisamos combatê-las sempre.
As tercerizações na saúde tem este modus operandis sempre: atrasos salarias, fraude na relação de trabalho e nos direitos trabalhistas.Os prejudicados são sempre os que trabalham e a população. É preciso transparencia nestes contratos entre o estado e as tercerizadoras, para que a propria sociedade possa atuar na cobrança destas empresas.