DIA 18 TEM PROTESTO CONTRA DEMISSÃO DE MÉDICOS DO SAMU DE LAURO DE FREITAS

Postada em 14 de outubro de 2016 as 17:47
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Desde o dia 10, o atendimento feito pela base do Samu na Estrada do Coco está desfalcado de cinco médicos, demitidos por telefone pela prefeitura de Lauro de Freitas. Em protesto contra o desligamento dos profissionais, o Sindimed programou para terça-feira (18), a partir das 9h, um ato público em frente à unidade na Estrada do Coco (entre Portão e o acesso a Buraquinho).  

O Sindimed exige a imediata reintegração dos demitidos, inclusive porque o Samu é um serviço essencial e já vem operando com uma série de problemas em sua estrutura, dentre os quais defesagem de pessoal. Uma UTI móvel da unidade de Lauro de Freitas foi desativada de segunda a sexta-feira, passando a funcionar apenas nos plantões de sábado e domingo, com médico intervencionista, enfermeiro e condutor. Outra viatura, uma Unidade de Suporte Básico (USB), passou a operar de segunda a sexta-feira apenas com um técnico de enfermagem e um condutor.
 

 
Demitidos foram ao Sindimed denunciar ato arbitrário da prefeitura de Lauro de Freitas

 
Em resumo, uma unidade que tem quatro ambulâncias paradas por falta de manutenção reduziu ainda mais sua capacidade de atendimento com a recente demissão arbitrária, que teria como motivação o enxugamento de gastos. Procurado pelo grupo de demitidos nesta terça-feira (11), o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, advertiu que apesar da redução de pessoal e da inoperância de quatro ambulâncias encostadas por falta de manutenção, continuam sendo enviados normalmente à prefeitura os repasses financeiros do Ministério da Saúde para bancar o serviço.
 
Na tentativa de ver reparada mais uma injustiça contra médicos baianos, Magalhães decidiu informar a demissão ao Ministério Público do Trabalho, Ministério Público do Estado da Bahia, Ministério da Saúde e Secretaria e Saúde do Estado da Bahia. Os médicos desligados (incluindo um coordenador-médico) tinham em média oito anos de contrato temporário junto à prefeitura de Lauro de Freitas. Dos dois que restaram, um é concursado pela prefeitura daquele município e teve seus plantões trocados de quinta-feira para  domingo, sem ser previamente consultado; o outro "sobrevivente" da demissão trabalha com contrato temporário.

ATO POLÍTICO

 
Extra-oficialmente, comenta-se que a demissão tenha cunho político. Seriam cortes para ajuste no orçamento antes da máquina aministrativa ser entregue à sucessora do atual prefeito Márcio Paiva (PP), Moema Gramacho (PT), vencedora das últimas eleições. No "pacote" de demissões do prefeito Paiva (que, por sinal, é médico) também estão enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores de ambulâncias. Seja qual for a motivação, o fato é que um serviço essencial como o Samu não pode ser ainda mais sacrificado a pretexto de economia de gastos, conforme assinalou Elaine Cunha, médica demitida.
 
Conhecedora da demanda por serviços de socorro em Lauro de Freitas e Camaçari, ela assegura que a situação só não é ainda mais grave por causa do suporte das duas concessionárias que exploram as principais rodovias daqueles municípios.  "O Samu de Camaçari só tem uma ambulância, que é emprestada de Salvador. Já teve três ambulâncias básicas e uma UTI rodando", observou completando: "Se alguém, por exemplo, é atropelado na porta do hospital Menandro de Faria (em Lauro de Freitas), é uma ambulância do Samu que vai socorrer". Advertiu que Salvador também enfrenta suas carências e não terá suporte para enviar ambulância para Lauro de Freitas se necessário.


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