DICA CULTURAL:DE IPIAÚ A VINÍCIUS DE MORAES, MUITO SOBRE CINEMA

Postada em 23 de setembro de 2016 as 09:43
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Antes de ir ao sarau do Sindimed, hoje, vou cumprir a obrigação e a alegria de beijar a testa de monsenhor Gaspar Sadock, cujo velório ocorre na Igreja de Nossa Senhora da Vitória, em Salvador. Como podem ler nesta coluna em que saudamos o centenário dele, este ano, ele tem que ver, sim, com o melhor cinema baiano de raiz. 


Na segunda-feira, nós atualizamos os nossos painéis na porta da sede do SINDIMED com a homenagem aos 60 anos da estreia da peça de Vinícius de Moraes, 'Orfeu da Conceição',  exatamente em 25 de setembro de 1956, um marco não atingido por outra criação da dramaturgia brasileira: a peça, sobre a vida nas favelas do Rio de Janeiro, simplesmente, deu origem a 2 filmes, e não um só, como o portentoso 'Eles não usam Black Tie' (por exemplo). 

a) 'Orfeu Negro' ou 'Orfeu do Carnaval' filme italo-franco-brasileiro de 1959, dirigido por Marcel Camus. 
b) 'Orfeu'  filme brasileiro de 1999, dirigido por Cacá Diegues. O roteiro. A música do filme é de ninguém menos que…Caetano Veloso.

Os 2 estão disponíveis na íntegra, online. Se me permitirem, a cena mais bela, de 2 minutos, é esta aqui.Por favor, peço: arrumem um tempo para mostrar a outras pessoas este trecho. Creio que será um clarão de luz em meio a tantas incertezas que vivemos…

Por aqui, a infausta ocorrência de um tiroteio-que-virou-notícia em Ipiaú, no sábado passado, nos faz indagar por que um fato desses é divulgado com alarido, mas não um sujeito conseguir, este ano, ter feito um filme 100% 'made in' Ipiaú. Ora, direis, o filme tem só 18 minutos. Eu, convictamente, creio que se deve saudar o cineasta ipiauense Edson Bastos. Primeiro, por ser fiel a sua cidade, com 'Astrogildo e a Astronave', desde a escolha do 'visionário' inventor que nos remete a uma história de superação até o elenco, todo da cidade. Curta, valorize e divulgue a página oficial .

Diz Edson que até já sabe que tema – de Ipiaú, ele pretende abordar em seu próximo filme (mais longo). Me perfilo na torcida, desde já, e espero ver o filme deste ano, em breve…


Do sábado, pulamos para segunda-feira, quando meu colega de FACOM – UFBA, o cineasta Sergio Machado, fez aniversário. Apesar de não se publicar em veículos nos quais nossos colegas de turma têm assento, seu filme 'Tudo que Aprendemos Juntos', com Lázaro Ramos no papel principal, tem sido ovacionado em festivais de cinema dos mais exigentes do planeta, tendo inclusive sido galardoado como melhor filme pelo júri (virtual) de 53 países  do festival internacional de cinema para a juventude, este ano, prêmio que ainda não entrou em sua extensa ficha no IMDB.

O filme, sobre um violinista, que fala até da OSESP (tão combalida pelo noticiário, esta semana**) foi concluído em 2015 e chega a algumas salas de cinema no Brasil em dezembro deste ano. Ficamos com a resenha do jornal carioca O Dia, esperamos abraçar Sergio em breve, aqui, na Bahia e pedimos perdão por não ter visto o filme. Mas um outro colega em comum, Laercio Torres (jornalista da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe), disse que conseguiu baixar 'Tudo que Aprendemos Juntos’ no iTunes por 3,50 dólares e que ficou satisfeito com o resultado do download. Estes 12 reais, mais ou menos, creiam, eu vou gastar assim que der com muita alegria, e sugiro que @s médic@s também o façam.


Na terça-feira, meus mentores da sorte estavam com tudo. Fui pesquisar a vida do aniversariante do dia, o escritor norte-americano Upton Sinclair, nome que até 'andou' bastante na minha juventude, mas eu fui fazer escolhas de leituras não tão boas, coisa normal da idade.  Na série de filmes chamada 'Grandes Livros' (simmm, em português!) 
@s noss@s leitor@s  hão de se deparar com um filme de 47 minutos que é, já em si, uma joia de documentário sobre um escritor que sonhava com a poesia mudando o mundo, mostrava algo que a América não aceitava, como mazela social e, de forma nenhuma em último lugar, é reveladora de como os interesses de um certo setor industrial se sobrepunham à saúde de TODA a população daquele país. Curtam, e passem adiante.

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**Nota de rodapé: o que se salva na amarga situação do maestro John Neschling, assunto de muitas rodas culturais, é este texto de João Luiz Sampaio. 

Em jornalismo de matutinos, confesso, faz muito, muito tempo que não leio algo tão brilhante. Não deixa de ser animador

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
http://www.facebook.com/marko.ajdaric.79


Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte



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