Médicos de Candeias se mobilizam por salário e condições de trabalho

Postada em 22 de fevereiro de 2017 as 15:27
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Os médicos do Posto de Saúde Luis Viana, de Candeias, se reuniram ontem (21), no Sindimed, para discutir as condições de trabalho da unidade. As principais queixas foram o atraso de salários, que já contabiliza dois meses, e as precárias condições de atendimento: estrutura inadequada, fornecimento de água intermitente, falta de ponto de oxigênio e de material para atender pacientes graves.

Foi elaborada uma pauta de reivindicações, explicitada abaixo, e decidido que, caso o pagamento do mês de janeiro não seja efetuado até o dia 23, prazo solicitado pela secretária de saúde, irão suspender o atendimento por tempo indeterminado a partir da próxima segunda, dia 27.

Para o vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo, que coordenou a assembleia, este é um exemplo a ser seguido pelos demais médicos em situações semelhantes. “Os profissionais devem se organizar e cobrar dos gestores de maneira decidida. O Sindimed vem organizando movimentos semelhantes como os dos terceirizados do Estado e da UPA dos Barris e vai continuar dando o suporte necessário para a luta pela dignidade”, afirmou o sindicalista.

Cooperativa e prefeitura se comprometem a regularizar pagamento perante MPT

Em uma audiência de mediação, realizada ontem (21), no Ministério Público do Trabalho, a prefeitura de Candeias se comprometeu a pagar o mês de Janeiro imediatamente, ficando a cooperativa na responsabilidade de repassar aos profissionais. O mês de dezembro será pago parcelado entre os meses de abril e maio. A alegação da prefeitura é que o pagamento não pode ser efetuado de imediato porque o prefeito anterior não previu no orçamento.

Pauta de reivindicações:

  • pagamento dos salários, referentes ao mês de janeiro, dos médicos que trabalharam na UPA e/ou no Posto Luis Viana até o dia 23 de fevereiro com o mesmo valor que vinha sendo praticado pela UPA (R$ 1.980,00 líquidos por plantão de 24h)
  • garantia de condições mínimas de trabalho através da aquisição imediata de máscara ambu,   laringoscópio, material para aspiração e demais materiais essenciais para o funcionamento de uma unidade de emergência. Deve-se também instalar pontos de oxigênio nos locais apropriados e regularizar o fornecimento água, o qual vem se dando de maneira intermitente
  • contratação definitiva dos médicos através de CLT com salário de R$ 10.500,00 mensais, para jornada de 24h por semana, valor já praticado em diversas unidades do estado
  • garantia do pagamento do salário do mês de dezembro dos médicos da UPA, nas mesmas condições do acordo firmado no último dia 21 no Ministério Público do Trabalho
  • definir prazo para pagamento dos salários até dia 10 do mês subsequente trabalhado a partir do mês de março referente ao mês de fevereiro trabalhado

 

 

 

 

 



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