O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, esteve nesta quinta-feira (24) na secretaria de Saúde de Candeias, onde reforçou a necessidade da prefeitura repassar salários atrasados de dezembro de 2016 aos médicos do Hospital Ouro Negro. Uma parte dos médicos do Ouro Negro também não recebeu janeiro deste ano. A secretária Soraia Cabral sinalizou com a possibilidade de fazer o repasse que deixou de ser efetuado pela terceirizada Centro Médico Aracaju (CMA), investigada pela Polícia Federal e afastada em 2016 da administração hospitalar.
É necessário também o repasse das parcelas rescisórias devidas a estes médicos, referentes ao período 2014-2015. Francisco Magalhães aproveita para convidar os médicos a entrar em contato com o sindicato visando levantar os valores referentes a este período trabalhado, mesmo aqueles que eventualmente tenham ingressado na Justiça requerendo o pagamento. Magalhães estima que cerca de 40 médicos estejam sem receber os atrasados. Com a saída do CMA em decorrência da Operação Copérnico (de combate a fraudes e outros crimes na saúde), deflagrada em julho de 2016 pela PF, o Hospital Ouro Negro passou a funcionar sob intervenção da Justiça Federal, cabendo à prefeitura repassar recursos para manutenção geral e pagamento da folha.
O Sindimed também está confiante no pagamento, por parte da Secretaria Municipal de Saúde, dos salários de dezembro de 2016 e janeiro de 2017 aos médicos da Unidade de Emergência Luis Viana. Francisco Magalhães lembra que está marcada para o dia 5 de abril uma audiência na 1ª Vara da Justiça do Trabalho, em Candeias. Devido ao calote aplicado pelo CMA, o Sindimed entrou no ano passado com uma ação civil pública visando o pagamento aos médicos. A audiência está marcada para as 10h15.
Magalhães aproveitou a ida àquela cidade da Região Metropolitana (distante 51 km de Salvador) para visitar o Hospital Ouro Negro, onde conversou com os médicos e constatou a carência de alguns medicamentos e material de reposição. “Estamos de olho não só na necessidade de pagamentos em atraso como também nas condições de trabalho dos médicos, observou lamentando que a tercerização da administração da saúde pública geralmente resulte em mais desrespeito aos direitos do trabalhador e atendimento deficitário aos usuários.
Parabéns Francisco pelo empenho! Não tinha mais esperança nessa causa, confesso… Irei pessoalmente levar meus dados… estive no plantão 48h/semana durante toda a gestão da CMA como pediatra